domingo, 20 de janeiro de 2013

Asger Jorn

UM DESAFIO À LUZ


ASGER JOHN – UM DESAFIO À LUZ


Pinturas de Asger Jorn podem ser visitadas até 17 de fevereiro, através da exposição "Um Desafio à Luz", no Museu Nacional da República! A mostra é composta de 48 desenhos distribuídos entre colagens e aquarelas, além de 53 gravuras, somando 101 trabalhos sobre o papel, todas provenientes do Museu Jorn, na Dinamarca, além de 4 pinturas de coleções particulares.


Data: 30 de Novembro a 17 de Fevereiro.

Hora: Terça a domingo, das 9h às 18h30.

Local: Museu Nacional - Complexo Cultural da República, Esplanada dos Ministérios


SOBRE

O curador da exposição Jacob Thage e também diretor do Museum Jorn, Silkeborg, Dinamarca, explica que o título da exposição, “Um desafio à luz”, foi extraído do prefácio de um livro de René Renne e Claude Serbanne sobre os desenhos de Jorn, publicado em 1947. Segundo Thage, os autores escreveram que os desenhos de Asger Jorn (1914-1973) tinham “um brilho sulfúrico” e que, já naquela época, haviam descoberto que suas obras não eram apenas estudos de introspecção: “Elas valiam para o mundo inteiro”.
A mostra traz desenhos realizados de 1937 a 1973, a partir da época em que o artista dinamarquês estudou com Fernand Léger, quando se apropriou de toda a arte que encontrava em Paris, particularmente do surrealismo, significativo para o desenvolvimento de sua obra. Segundo o curador, todos os desenhos do artista parecem absorver a paisagem circundante, mais do que suas pinturas. “Cada um dos encontros com a África do Norte, a Itália e o México pode ser decifrado na escolha de cores, especialmente nos últimos desenhos da ilha dinamarquesa Læsø, onde a luz do mar quase torna etéreos seus desenhos”.
A mostra traz também uma parte específica das obras em papel de Jorn constituída por descolagens, que ele criou arrancando lâminas dos cartazes que costumavam ser colados uns sobre os outros em colunas (maioria produzida em 1964). O papel que o acompanhava sempre na forma de cadernos de esboços, conservados como um todo ou desmembrados, também estão presentes na exposição.
Já no trabalho gráfico de Asger Jorn, um de seus laboratórios mais importantes, em parceria com impressores de arte gráficas, ele explorava as várias técnicas: linoleogravura, gravura, litografia e xilogravura, entre outras. “A gráfica tem para mim um papel importante, pelo fato de poder esgotar todas as possibilidades de expressão existentes em cada técnica – gravura, ponta-seca, água-forte, litografia, xilogravura e assim por diante –, levá-las até o limite”, declarava o artista. Segundo Thage, desde a juventude, na década de 1930, e até sua morte, Jorn fez uma exploração totalmente consciente das técnicas gráficas. “A coleção completa de obras gráficas, desde os primeiros retratos um pouco ingênuos de membros da família em cortes de linóleo, até as últimas xilogravuras, de beleza quase cintilante, produzidas por volta de 1970, apresentam uma gama cromática extremamente rica e transições fantásticas”, acrescenta.
Completam a exposição três pinturas, suporte que qualificou a sua obra como a mais importante da Escandinávia depois de Edvard Munch. Para o curador, o instrumento mais significativo de Jorn é a imagem, seja na pintura, no desenho ou nas artes gráficas.
Ingressos
Entrada franca.
Mais Informações
Telefones: (61) 3325-5220
Classificação: Livre.

Fonte: http://brasilia.deboa.com/cultural/exposicao-asger-john-brasilia
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Acesse o site: http://www.museumjorn.dk/en/asger_jorn.asp
E conheça um pouco deste artista. A página está em inglês, mas existe a opção para traduzi-la.

Mas se quiser apenas conhecer suas obras, veja no vídeo abaixo:



Vik Muniz

Cultura do choque

Vik Muniz realiza curadoria consistente e eletrizante que 
poderá mexer com as bases de sua carreira artística

por Paula Alzugaray

Buzz/ Roesler Hotel, SP/ até 23/2

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                                           PONTILHADO

          Pintura "Infinity Dots", de 2008, da artista japonesa Yayoi Kusama

Em setembro de 2012, a galeria Nara Roesler anunciou um dos grandes lances do ano no mundo das artes visuais: o acordo de representação do artista brasileiro de maior reconhecimento internacional, que havia rompido contrato com a galeria Fortes Vilaça no início do ano passado. Unanimidade de público, mas não de crítica, Vik Muniz estreia sua atuação em nova casa apresentando um trabalho curatorial surpreendente. Se sua obra artística com elementos como açúcar, caviar, diamantes e luxo demonstra já há algum tempo sinais de cansaço – embora mantenha intactos o interesse popular e os altos preços de mercado –, em sua atuação como curador, o artista dá sinais de grande vitalidade. Com um trabalho de alcance popular, Vik Muniz realiza uma exposição de muitos méritos sem negar sua origem pop.

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ARTE ÓPTICA
Trabalho do artista Marcos Chaves, impressão da série "Logradouro"

A atitude pop começa já no título da exposição: “Buzz”, uma onomatopeia para representar os “ruídos visuais” praticados por cada uma das 90 obras expostas. Está também no declarado interesse do artista nos choques entre erudição e cultura popular, manifestos em momentos-chaves da história da arte, como, por exemplo, na ocasião do aparecimento da op art e da pop art nos Estados Unidos dos anos 1960, no contexto da gestualidade do expressionismo abstrato.
O curador, contudo, realiza em “Buzz” uma consistente análise da op art, partindo de sua origem norte-americana, com artistas como Bridget Riley; passando pela arte cinética latino-americana com Carlos Cruz-Diez e Julio le Parc; pelo concretismo brasileiro, com artistas como Geraldo de Barros; pelo neo-concretismo, com Hélio Oiticica e Lygia Pape; pela abstração geométrica europeia, com François Morellet. Isso tudo desemboca na arte contemporânea de artistas como Rodolpho Parigi, Roberto Cabot, Olafur Eliasson e Tauba Auerbach. Ao longo do roteiro da exposição, Muniz provoca vários “buzzes”. Leia-se: impactos.
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                                                GEOMETRIA
            "Dub Plate", escultura de acrílico e madeira de Gilbert Hsiao

Altos impactos se fazem sentir, por exemplo, entre a irreverência de uma pintura como “Infinity Dots NTSEDT” (2008), da japonesa Yayoi Kusama, e a gravidade de uma escultura do brasileiro Sérgio Camargo. Com isso, Vik Muniz exercita nessa exposição uma cultura do impacto e do ruído que, espera-se, tenha saudáveis efeitos sobre sua obra artística. 


Fonte: Revista ISTO É - ARTES VISUAIS  N° Edição:  2252 |  11.Jan.13 - 21:00 |



  Do You Tube - Vik Muniz fala da exposição.